
A ministra Gleisi Hoffmann se pronunciou a respeito do anúncio feito pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, sobre a revogação do visto de entrada nos EUA do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares. Para a presidente nacional do PT, a medida é uma “afronta à soberania nacional”. A deputada classificou a ação como uma “retaliação agressiva”.
No post, a parlamentar mencionou, além de Moraes, nomes de outros ministros que poderiam ser alvo de sanções semelhantes. Rubio afirmou que a revogação se estenderia a “aliados no tribunal”, mas não citou outros magistrados até o momento.
“A revogação do visto de entrada nos EUA dos ministros do STF Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flavio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes é uma afronta ao Poder Judiciário brasileiro e à soberania nacional. Essa retaliação agressiva e mesquinha a uma decisão do Tribunal expõe o nível degradante da conspiração de Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro contra o nosso país”, escreveu Gleisi.
“Não se envergonham do vexame internacional que provocaram no desespero de escapar da Justiça e da punição pelos crimes que cometeram. Ao contrário do que planejaram, a Suprema Corte do Brasil se engrandece nesse momento, cumprindo o devido processo legal, defendendo a Constituição e o Direito, sem jamais terem se dobrado a sanções e ameaças de quem quer que seja. O Brasil está com a Justiça, não com os traidores. O Brasil é do povo brasileiro”.
A revogação do visto de entrada nos EUA dos ministros do STF Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flavio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes é uma afronta ao Poder Judiciário brasileiro e à soberania nacional. Essa retaliação…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) July 19, 2025
A decisão do governo dos EUA é vista como parte de uma ofensiva trumpista contra autoridades brasileiras e de intervenção no sistema judiciário do Brasil. Rubio, por outro lado, defende suas ações, afirmando que as medidas de Moraes violam a liberdade de expressão.
A ação ocorreu no mesmo dia em que endereços ligados a Bolsonaro foram alvo de mandado de busca.
Após a operação, o ex-presidente passou a usar tornozeleira eletrônica por ordem do STF, sob acusação de articular ações com autoridades estrangeiras para interferir no Judiciário brasileiro. Bolsonaro também está proibido de se aproximar de embaixadas e de manter contato com diplomatas.