
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) tem enfrentado uma série de críticas tanto de apoiadores como de aliados políticos de seu pai, Jair Bolsonaro, após viajar para Lisboa, capital de Portugal, durante o recesso parlamentar. A viagem, que aconteceu na véspera de uma operação da Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente, gerou questionamentos sobre sua ausência em um momento tão delicado para a direita brasileira.
Flávio Bolsonaro foi criticado por sua atitude, especialmente considerando que seu pai foi submetido a medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e restrições de contato. O senador já havia sido alvo de críticas na semana anterior após publicar, e depois apagar, um tweet no qual criticava o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Na postagem, Flávio sugeria que Trump deveria suspender a taxa de 50% sobre as importações brasileiras e sancionar aqueles que “violam liberdades” e atacam a democracia. Em sua defesa, ele explicou sua viagem nas redes sociais, afirmando que a viagem foi programada desde o ano anterior, coincidente com o recesso parlamentar de julho e as férias escolares de suas filhas.
“Falo com meu pai e lideranças aliadas todos os dias”, afirmou o senador, que garantiu que retornaria ao Brasil no dia 1º de agosto. Contudo, a justificativa não foi suficiente para acalmar os críticos, que passaram a acusá-lo de se ausentar em um momento crucial para o país.

Entre os críticos mais veementes, o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, próximo de Eduardo Bolsonaro, ironizou a situação, afirmando que, se Flávio fosse um funcionário público na iniciativa privada, seria demitido devido à sua ausência em uma crise.
Essa crítica foi apenas o início das cobranças que surgiram nas redes sociais. A militância bolsonarista expressou descontentamento com a viagem, questionando a prioridade dada a férias enquanto o país atravessa um momento de tensão política. “Flávio, você está com seu pai em prisão domiciliar e Eduardo longe de casa por perseguição política, e você prioriza férias?”, comentou uma seguidora de Bolsonaro.
A postura de Flávio também foi comparada à de seu irmão, Eduardo Bolsonaro, que segue nos Estados Unidos tentando negociar sanções contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. “Esse seria o substituto de Bolsonaro?” Eu pensava que ele seria mais corajoso, como Eduardo”, afirmou uma seguidora, criticando-o por sua aparente falta de ação.
Além disso, militantes bolsonaristas demonstraram preocupação com o futuro político de Flávio, que, junto com Eduardo e Michelle Bolsonaro, é cogitado como um dos possíveis representantes da família Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2026.