
Bolsonaristas anunciaram uma nova estratégia para enfrentar o ministro Alexandre de Moraes (STF), com foco na anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro e no impeachment do magistrado. A movimentação foi definida durante reunião realizada na Câmara dos Deputados com a presença de Jair Bolsonaro e parlamentares aliados. A proposta de anistia tramita na Câmara, enquanto o impeachment depende de aval do Senado.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que “o Brasil vive um momento grave” e classificou como “censura” a decisão de Moraes que proibiu Bolsonaro de se manifestar publicamente, até mesmo em entrevistas. Segundo ele, a oposição quer garantir que Bolsonaro continue se comunicando com a base, sem descumprir ordens judiciais. Ele também criticou o tarifaço imposto pelos EUA ao Brasil, atribuindo a culpa a Moraes e ao presidente Lula.
Foram criadas três subcomissões para coordenar ações da oposição: uma para comunicação, liderada por Gustavo Gayer (PL-GO); outra para articulação política no Congresso, chefiada por Cabo Gilberto (PL-PB); e uma voltada para mobilização nas ruas, sob comando de Zé Trovão (PL-SC) e Rodolfo Nogueira (PL-MS). O objetivo é impulsionar a imagem de Bolsonaro mesmo diante das restrições impostas pelo STF.
No Senado, a prioridade será o pedido de impeachment de Moraes, conforme anunciado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que declarou: “as decisões de Alexandre causaram perplexidade no mundo todo”.
Magno Malta (PL-ES) também aproveitou o momento e atacou ministros do STF, incluindo Moraes: “Ponha a mão nele e tenta a sorte, porque o azar você já tem”, disse o senador, em tom de ameaça ao magistrado.
"Põe a mão em Jair Bolsonaro e tenta a sorte" Senador @MagnoMalta sobre o Presidente do Brasil pic.twitter.com/cDmOM9485x
— Luli (@crisdemarchii) July 21, 2025
O plano da oposição também inclui acelerar a PEC que extingue o foro privilegiado, já aprovada no Senado e em análise na Câmara. Além disso, deputados e senadores pretendem manter sessões das comissões, mesmo durante o recesso, para manter Bolsonaro em evidência.