
O presidente Lula (PT) afirmou que participar do encontro “Democracia Sempre”, em Santiago, no Chile, ao lado de movimentos sociais e organizações progressistas, o fez se sentir em casa.
“Falar de democracia em Santiago e na companhia de tantas organizações e movimentos sociais me faz sentir em casa”, escreveu Lula nas redes sociais, ao lembrar que o país foi “asilo contra a opressão” durante as ditaduras latino-americanas, acolhendo nomes como Paulo Freire e Darcy Ribeiro.
Falar de democracia em Santiago e na companhia de tantas organizações e movimentos sociais me faz sentir em casa. Como lembra o hino nacional chileno, este país foi “ASILO CONTRA A OPRESSÃO” para muitos latino-americanos perseguidos por ditadores.
Aqui, Paulo Freire, Darcy… pic.twitter.com/OWtQrf7Lv4
— Lula (@LulaOficial) July 21, 2025
Lula chegou ao Chile no domingo (20) para o evento realizado nesta segunda-feira (21) no Palácio La Moneda, sede do governo chileno.
Participaram da reunião os presidentes Gabriel Boric (Chile), Gustavo Petro (Colômbia), Yamandú Orsi (Uruguai) e Pedro Sánchez (Espanha).
O encontro ocorreu em meio à crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos, após a aplicação de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros por parte de Donald Trump.
O governo brasileiro aproveitou a reunião para denunciar a ofensiva econômica de Trump, considerada uma forma de pressão sobre investigações envolvendo Jair Bolsonaro.
Para Lula, esse tipo de interferência externa representa uma ameaça direta à soberania nacional e à democracia. O Palácio do Planalto entende que o uso de tarifas como chantagem política não deve ser normalizado.
Outro tema abordado foi a necessidade de regulamentar redes sociais e estabelecer normas internacionais para inteligência artificial. Lula defende que essas tecnologias não podem servir de instrumento para desinformação e ataques à democracia.
Os presidentes também discutiram formas de fortalecer o multilateralismo e combater desigualdades sociais, que são vistas como fatores essenciais para conter o avanço do extremismo. A diplomacia brasileira quer transformar essas pautas em um pacto global, com apoio de países progressistas e democráticos.