
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), estuda nomear Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para uma secretaria especial de seu governo nos Estados Unidos, com o objetivo de ajudá-lo a evitar a cassação do mandato de deputado federal, conforme informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
A pasta seria criada exclusivamente para o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que atualmente corre o risco de perder o cargo por excesso de faltas.
Eduardo está licenciado da Câmara há 120 dias, prazo que expirou no último domingo (20). Com isso, ele voltou automaticamente ao exercício do mandato a partir desta segunda (21), mas a ausência prolongada ameaça sua permanência no cargo.
A nomeação para uma função executiva estadual abriria novamente a possibilidade de licença, afastando o risco imediato de cassação.
Nos bastidores, Castro já sondou aliados e lideranças em Brasília sobre a repercussão da medida e deve tomar uma decisão nas próximas horas. A proposta teria sido discutida com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Segundo o governador, a prioridade da família Bolsonaro é impedir que Eduardo perca o mandato no Congresso.

Eduardo permanece nos Estados Unidos, onde atua para que o governo Trump aumente as sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), numa tentativa de pressionar pela suspensão dos processos que atingem seu pai, Jair Bolsonaro (PL).
O filho “03” do ex-presidente, porém, é alvo de investigação no STF por coação no curso do processo, obstrução de justiça e atentado à soberania nacional. Castro também já foi alertado de que a nomeação pode trazer problemas jurídicos para ele.
A possibilidade de nomeá-lo para cargos em outras administrações estaduais, como a de Tarcísio de Freitas em São Paulo ou a de Jorginho Mello em Santa Catarina, também foi cogitada, mas apenas Castro teria avançado, de fato, com a proposta.