Lindbergh aciona STF para impedir posse de Eduardo em cargos públicos

Atualizado em 22 de julho de 2025 às 18:06
Lindbergh Farias e Eduardo Bolsonaro. Foto: reprodução

Em nota enviada à imprensa, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, anunciou que protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de medida cautelar para impedir a nomeação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) em governos estaduais, alegando que isso configuraria desvio de finalidade para burlar controles sobre seu mandato.

Leia a nota na íntegra: 

O líder do Partido Trabalhadores na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, protocolou nesta terça-feira (22/07), junto ao Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Inquérito nº 4995, pedido de concessão de medida cautelar para impedir que o deputado Eduardo Bolsonaro seja nomeado para cargo em governos estaduais aliados com o objetivo de burlar o controle judicial e parlamentar sobre seu mandato, manter-se no exterior com recursos públicos e seguir promovendo ataques à soberania nacional.

Trata-se de tentativa anunciada de desvio de finalidade administrativa e violação frontal ao princípio da moralidade (art. 37 da Constituição), configurando uso indevido da estrutura pública estadual para blindar um parlamentar que atua abertamente em favor de sanções estrangeiras contra o Brasil, celebra tarifas impostas por potências externas e age de fora do território nacional contra as instituições democráticas brasileiras.

A peça também requer o afastamento cautelar do mandato parlamentar de Eduardo Bolsonaro, com fundamento no art. 319, VI, do Código de Processo Penal, diante da existência de fortes indícios de que o cargo vem sendo instrumentalizado para obstrução da Justiça, continuidade delitiva e abandono das funções constitucionais. O deputado não retornou ao país após o término de sua licença, violando o art. 228 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, e há informações de que teria obtido visto permanente no exterior.

O Parlamento não pode servir de escudo para ações que atentam contra o país. Representantes do povo não podem agir como agentes estrangeiros. Esperamos que a Suprema Corte adote as providências necessárias para proteger o Estado de Direito, a soberania nacional e a integridade da jurisdição penal em curso.

Brasília, 22 de julho de 2025.
Lindbergh Farias
Líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados