
Se fôssemos todos muito cínicos, diríamos que estamos chocados com a informação de que Trump quer mesmo as terras raras do Brasil, e que a defesa que ele fazia do Bolsonaro e dos filhos é uma farsa.
Eu diria que acreditei. Que fui ingênuo. Que levei a sério que Trump queria mesmo proteger o amigo brasileiro. E que acabamos descobrindo que as pessoas não valem um grão de terra rara.
Escreveria aqui que levei a sério que a guerra declarada pela nação mais poderosa do mundo era em defesa de uma família, e que alguns americanos acreditam que essa família é descendente dos Kennedy.
Por cinismo, pediria desculpas por minha ingenuidade, por ter contribuído para induzir muitos manés a acreditarem que Trump defendia mesmo os Bolsonaros.
Diria que o neonazista americano usou a reputação de uma família brasileira unida e ordeira para fazer ameaças ao Brasil, quando se descobre, e só agora, que ele tem outros interesses além de defender as big techs e atacar Lula e o Brics.
Bolsonaro, os filhos e os cúmplices do golpe, à espera da anistia, têm que procurar Luiz Fux e processar Trump.
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ESCONDIDINHA
Folha, Globo e Estadão esconderam em chamadas secundárias a confissão do general Mario Fernandes, em depoimento como réu golpista, de que elaborou o plano para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes.
A única confissão categórica de um golpista, e com índole assassina, não é a manchete dos jornalões.
O fascista disse no interrogatório ao STF que os detalhes do plano eram apenas “pensamentos digitalizados”.