
Rogério Chaves Scotton, ex-piloto brasileiro que já correu na Nascar e é investigado pelo FBI por fraudes milionárias, pediu que o ministro Alexandre de Moraes e outros membros do Supremo Tribunal Federal (STF) sejam sancionados pelos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky, conforme informações do Metrópoles.
A iniciativa foi apresentada por meio de uma empresa fundada por ele, que protocolou um amicus curiae — manifestação de “amigo da corte” — no processo movido pela Trump Media, de Donald Trump, e pela plataforma Rumble, contra decisões do ministro brasileiro.
No documento, a empresa de Scotton afirma que Moraes “exemplifica tal abuso” ao usar o Judiciário para “esmagar a dissidência” e “atingir sistematicamente os oponentes políticos”.
“A principal missão da LH4Y é defender a liberdade de expressão, a responsabilidade judicial e a santidade da lei através das fronteiras nacionais. A organização está profundamente preocupada com atores governamentais estrangeiros que manipulam as autoridades judiciais para esmagar a dissidência. Criminalizar opiniões e atingir sistematicamente os oponentes políticos. O juiz Alexandre de Moraes exemplifica tal abuso”, afirma o texto.

Rogério Scotton, que cursa Direito na Flórida e mantém um blog pessoal, alegou sentir a “dor” de políticos que estariam sendo perseguidos por Moraes. “Deixe-me ser claro: isto não é uma atitude política. É uma atitude moral. Não estou alinhado a nenhum partido. Estou alinhado à justiça”, escreveu.
O piloto ainda disse que, por ser “alguém que já foi preso injustamente”, compreende “a dor de ser silenciado”: “É por isso que me arrisco a apresentar esta petição — apesar das ameaças, apesar do medo, apesar de saber muito bem que forças poderosas podem tentar retaliar. Já fui avisado. Mas acredito que algumas coisas valem a pena defender, mesmo quando se está sozinho”.
Fraudes postais e empresariais
O FBI acusa Scotton de fraudes postais e empresariais, com prejuízos milionários a empresas como Apple, Walmart, FedEx, UPS e DHL.
Segundo a investigação, ele criava contas de envio em nome dessas companhias para usar suas tarifas corporativas e enviar pacotes para seus próprios clientes. O brasileiro responde a 26 acusações por fraude nos Estados Unidos.
A Trump Media e a Rumble não têm ligação com a empresa de Scotton e devem pedir a exclusão do material apresentado por ele no processo.