
O Supremo Tribunal Federal (STF) passou a identificar a atuação direta de Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump, em ações de desestabilização contra o Brasil.
Segundo relato feito por um ministro da Corte à coluna Radar, da Veja, Bannon tem sido um dos principais articuladores internacionais a influenciar Trump contra os interesses brasileiros, inclusive fomentando ataques sistemáticos à democracia do país.
“É ele quem alimenta, quem leva essas coisas ao Trump”, resumiu o magistrado, ao comentar o papel de Bannon nos bastidores da extrema direita global.
A relação entre Bannon e bolsonaristas exilados nos Estados Unidos tem chamado a atenção das autoridades brasileiras. Ex-assessores de Jair Bolsonaro e deputados federais da base aliada — alguns dos quais fazem uso abusivo de recursos públicos mesmo fora do país — mantêm diálogo frequente com o ex-estrategista da Casa Branca.
O objetivo seria criar uma rede de influência capaz de desgastar o governo brasileiro no cenário internacional e dificultar acordos econômicos estratégicos com potências como China e União Europeia.

Essa ofensiva se apoia em campanhas de desinformação e em ataques à legitimidade das instituições brasileiras, especialmente o STF e o TSE.
São os mesmos métodos já utilizados por Bannon nos EUA, com resultados que culminaram na invasão do Capitólio em 2021.
A diferença, agora, é que parte dessa articulação se dá a partir de solo americano, com participação ativa de cidadãos brasileiros que optaram por sabotar o próprio país — inclusive parlamentares que ainda gozam de mandato e prerrogativas funcionais no Brasil.
O cerco internacional promovido por Trump e seus aliados à soberania brasileira ganha novos contornos à medida que o Brasil avança no campo ambiental, na defesa de seus recursos naturais e na reconstrução democrática após os anos Bolsonaro.
Não por acaso, a presença de figuras ligadas a essa rede em eventos internacionais ou lobbies obscuros acende o alerta sobre até onde vai a disposição dessa aliança internacional da extrema direita para minar o Brasil em benefício de seus próprios interesses geopolíticos e ideológicos.