A Polícia Federal arquivou nesta segunda-feira (28) o processo por suposto antissemitismo movido pela CONIB (Confederação Israelita do Brasil) contra o ex-deputado federal José Genoino (PT). A denúncia, apresentada com base em um vídeo editado por perfis ligados ao MBL (Movimento Brasil Livre), foi considerada infundada.
A acusação surgiu após uma live transmitida pelo DCMTV, em 29 de janeiro de 2024, com apresentação do professor Adriano Viaro. Durante a transmissão, Genoino fez críticas ao governo de Benjamin Netanyahu e se posicionou favoravelmente a um boicote contra empresas que apoiam o sionismo. Em nenhum momento foram feitas declarações contra judeus como povo, religião ou identidade.
Mesmo assim, trechos da fala de Genoino foram distorcidos e editados por influenciadores do MBL, que circularam cortes nas redes sociais com a falsa insinuação de que o petista pregava boicotes a judeus em geral. Com base nesse material adulterado, a CONIB apresentou denúncia à PF.
O professor Adriano Viaro foi ouvido pela Polícia Federal em 12 de setembro de 2024. Segundo ele, o delegado responsável pela oitiva teria demonstrado surpresa diante da ausência de elementos concretos que justificassem o inquérito.
Após a análise completa do conteúdo original da live e do material enviado pela acusação, a PF concluiu que não havia indícios de crime e decidiu pelo arquivamento do processo nesta segunda (28).