Efeito Lula: FMI eleva projeção de crescimento do Brasil para 2,1% em 2026

Atualizado em 29 de julho de 2025 às 11:49
O presidente Lula – Foto: Reprodução

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou para 2,1% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2026.

A projeção, divulgada nesta terça-feira (29) no relatório Perspectiva Econômica Global, representa um aumento de 0,1 ponto percentual em relação à estimativa de abril, embora ainda indique desaceleração frente ao crescimento projetado para 2025, de 2,3%.

O FMI destacou que o cálculo considera apenas as políticas comerciais em vigor atualmente e não inclui o impacto do tarifaço de 50% anunciado por Donald Trump contra produtos brasileiros, previsto para entrar em vigor em 1º de agosto.

Donald Trump, presidente dos EUA – Foto: Reprodução

Segundo a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), essas tarifas podem causar perdas de até R$ 175 bilhões ao PIB brasileiro em dez anos, além de provocar a eliminação de 1,3 milhão de empregos.

Ainda assim, o Ministério da Fazenda segue mais otimista: elevou a projeção do PIB para 2025 de 2,4% para 2,5%, e para 2026, de 2,5% para 2,4%.

O IBGE apontou crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2025, após expansão de 3,4% em 2024. Os dados do segundo trimestre serão divulgados em 2 de setembro. A política monetária restritiva, com a taxa Selic em 15%, tende a limitar o avanço da economia, embora o mercado de trabalho permaneça aquecido e contribua para alguma estabilidade.

O FMI também revisou para cima a projeção para a América Latina e Caribe, estimando alta de 2,2% em 2025 e 2,4% em 2026.

Para as Economias de Mercados Emergentes e em Desenvolvimento, grupo que inclui o Brasil, a expectativa é de crescimento de 4,1% em 2025 e 4,0% em 2026.