Hélio Negão volta a fazer “jejum de palavras” em defesa a Bolsonaro

Atualizado em 29 de julho de 2025 às 13:39
Hélio Negão durante protesto em frente ao STF. Foto: Luis Nova/Metrópoles

O deputado federal Helio “Negão” Lopes (PL-RJ) anunciou a continuação de seu “jejum de palavras” após ser obrigado a deixar o acampamento que mantinha em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). A manifestação foi interrompida por determinação do ministro Alexandre de Moraes, que proibiu instalações do tipo em um raio de 1 km da Praça dos Três Poderes.

“Sigo em jejum de palavras, em oração e vigilância, porque não é só uma luta política, é uma guerra espiritual”, declarou o parlamentar em publicação no X, acompanhada de foto em que aparece com esparadrapo na boca, mesmo gesto que adotou durante o protesto.

Na postagem, Lopes afirmou ter assinado requerimento para CPI contra Moraes porque “quem se curva dos homens nunca vai se manter firme diante de Deus” e “a liberdade vale mais do que o conforto da omissão”.

A decisão judicial que encerrou o protesto atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a “remoção imediata” não apenas de Lopes, mas também dos deputados Sóstenes Cavalcante, Cabo Gilberto Silva, Coronel Chrisóstomo e Rodrigo da Zaeli.

O despacho autorizava prisão em flagrante por desobediência e intimou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), a impedir novos acampamentos no local.

O deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) reagiu à medida compartilhando o documento judicial nas redes sociais com a legenda: “Querem nos prender”. A decisão de Moraes citou a necessidade de garantir segurança pública e evitar eventos semelhantes aos atos de 8 de janeiro de 2023.

Antes da intervenção judicial, Lopes havia registrado detalhes do protesto em suas redes sociais. Em vídeo no Instagram, mostrou-se montando uma barraca enquanto segurava a Constituição e a Bíblia. No X, descreveu a ação como “pacífica e solidária”, representando “um sinal de luto democrático e inconformismo com o silêncio forçado que se abateu sobre lideranças políticas no Brasil”.