A atitude de Lula após o anúncio do tarifaço de Trump

Atualizado em 30 de julho de 2025 às 18:26
Lula, presidente do Brasil. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião de emergência no Palácio do Planalto para avaliar os impactos das tarifas de 50% impostas pelo governo estadunidense sobre produtos brasileiros. O encontro com ministros está marcado para o final da tarde desta quarta-feira (30) e terá como foco principal a análise das medidas anunciadas por Donald Trump.

A reunião contará com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, que tem liderado as negociações com o setor empresarial e autoridades estadunidenses.

Também participarão os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União). O chanceler Mauro Vieira, que está em viagem oficial aos Estados Unidos, será representado por um secretário do Itamaraty.

Trump, presidente dos EUA anunciando o tarifaço. Foto: reprodução

Segundo a Folha, fontes do governo afirmam que os principais pontos da pauta incluem:

1. Análise detalhada do decreto assinado por Trump, que impõe tarifa adicional de 40%, elevando para 50% a taxa sobre produtos brasileiros
2. Avaliação do impacto nas exportações brasileiras
3. Discussão de medidas para mitigar os efeitos econômicos
4. Planejamento de auxílio aos setores mais afetados
5. Estratégias para preservação de empregos

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e o Itamaraty apresentarão ao presidente um levantamento completo sobre os possíveis efeitos do “tarifaço” na balança comercial brasileira. As tarifas, que entram em vigor em sete dias, representam as mais altas impostas pelo governo Trump a países exportadores para os Estados Unidos.

O comunicado da Casa Branca justifica a medida como necessária para “lidar com as políticas, práticas e ações recentes do governo brasileiro que constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos”.

O documento faz referência direta ao ex-presidente Jair Bolsonaro e ao ministro do STF Alexandre de Moraes, acusando o Brasil de adotar políticas que violariam direitos humanos e liberdades civis.