
Após a aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, grupos de direita no WhatsApp e no Telegram passaram a registrar, na sexta-feira (1º), um aumento significativo de mensagens em defesa do Supremo Tribunal Federal (STF). Com informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
Segundo levantamento da consultoria Palver, que monitora grupos públicos de mensagens, a cada 1.500 postagens sobre o caso, metade criticava as sanções impostas pelo governo de Donald Trump contra Moraes.
Usuários apontaram violações à soberania nacional e condenaram o uso da legislação americana — que permite penalidades a violadores de direitos humanos e corruptos estrangeiros — contra um ministro brasileiro.
“Absolutamente inaceitável e afrontoso que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defenda a aplicação da Magnitsky”, diz uma das mensagens analisadas.
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A sanção contra Moraes foi anunciada na última quarta-feira (30), sob a alegação de que o magistrado teria atuado contra a liberdade de expressão e perseguido o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), hoje réu por tentativa de golpe.
De acordo com Felipe Bailez, CEO da Palver, no início houve uma onda de críticas ao STF. No entanto, esse padrão se reverteu nas horas seguintes. “Essa tendência indica que as sanções contra o ministro e as tarifas têm sido mal recebidas pela maioria dos usuários no WhatsApp”, afirma.
O monitoramento, feito entre quarta (30) e sexta-feira (1º), identificou o pico de menções à Lei Magnitsky logo no primeiro dia, com 474 registros a cada 100 mil mensagens trocadas nos grupos analisados.