EUA atacam Moraes após prisão de Bolsonaro e ameaçam punir quem ajudar o magistrado

Atualizado em 4 de agosto de 2025 às 22:57
Montagem de fotos de Donald Trump e Alexandre de Moraes, ambos sérios
O presidente dos EUA, Donald Trump, e o ministro Alexandre de Moraes, do STF – Reprodução

O governo dos Estados Unidos, sob a gestão de Donald Trump, manifestou-se contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Por meio da conta oficial do Escritório para o Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado no X, a administração Trump afirmou que irá responsabilizar “todos aqueles que auxiliarem ou colaborarem com condutas sancionadas” do magistrado brasileiro.

“O ministro Moraes, agora sancionado pelos EUA como violador de direitos humanos, continua usando as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia. Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro se defender publicamente não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!”, diz a publicação.

O texto reforça: “Os Estados Unidos condenam a ordem de Moraes que impõe prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que auxiliarem ou colaborarem com condutas sancionadas”.

Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (4), alegando que o ex-presidente violou medida judicial anterior ao aparecer em vídeos de manifestações no domingo (3), mesmo estando proibido de usar redes sociais, direta ou indiretamente.

A decisão inclui proibição de visitas —exceto de advogados e pessoas autorizadas nos autos— e também veda o uso de celulares. O magistrado advertiu que qualquer descumprimento poderá levar à prisão preventiva.