Trump confirma reunião com Putin no Alasca; saiba a data

Atualizado em 8 de agosto de 2025 às 21:25
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em aperto de mãos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin – Reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (8), por meio da plataforma Truth Social, que se encontrará com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no próximo dia 15 de agosto, no estado do Alasca. A reunião marca um dos momentos mais importantes nas relações internacionais recentes, com foco na busca por uma solução para a guerra na Ucrânia.

Em sua publicação, o republicano declarou: “A tão aguardada reunião entre mim, como presidente dos Estados Unidos da América, e o presidente Vladimir Putin, da Rússia, acontecerá na próxima sexta-feira, 15 de agosto de 2025, no grande estado do Alasca. Mais detalhes serão divulgados em breve. Obrigado pela atenção a este assunto”.

A reunião entre os líderes já havia sido sinalizada anteriormente por Donald Trump, logo após o Kremlin confirmar que o encontro ocorreria “em breve”.

De acordo com o jornal norte-americano Wall Street Journal, um dos temas centrais da reunião será a proposta de paz apresentada por Vladimir Putin, que sugere o reconhecimento do leste da Ucrânia como território russo em troca do fim da guerra.

A proposta, feita durante uma reunião entre Putin e o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, no dia 6 de agosto, causou grande repercussão internacional e provocou um intenso debate diplomático entre os aliados ocidentais.

Líderes europeus e autoridades ucranianas ouvidas pelo WSJ manifestaram sérias reservas em relação à proposta de Putin. O plano envolveria a cessão da região do Donbass à Rússia, sem garantias adicionais de compromissos por parte do governo russo, além da promessa de cessar os ataques militares.

Há preocupações de que a proposta de cessar-fogo não passe de uma estratégia de manobra diplomática por parte do Kremlin, com o objetivo de evitar novas sanções econômicas e tarifas impostas pelos Estados Unidos, enquanto o conflito armado continua em solo ucraniano.

Atualmente, forças russas ocupam grande parte das regiões de Donetsk e Luhansk, além de áreas em Zaporizhia e Kherson, no sul do país, próximas à península da Crimeia, que foi anexada pela Rússia em 2014.

Zelensky denuncia descumprimento de ultimato de Trump

Também nesta sexta-feira (8), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que a Rússia não está respeitando o prazo estabelecido por Donald Trump para firmar um acordo com Kiev. O republicano havia dado um ultimato de 10 dias ao Kremlin, sob pena de novas sanções e tarifas severas.

Em publicação no Telegram, Zelensky relatou uma série de novos ataques russos em território ucraniano, ocorridos nas últimas horas do prazo dado por Trump:

“Foi estabelecido um prazo para a Rússia cessar o fogo. Vemos que os russos não estão levando isso em consideração – pelo menos por enquanto. Hoje, novamente, houve assassinatos, bombardeios russos. Mais de cem drones de ataque foram lançados contra a Ucrânia durante a noite e, ao longo do dia, houve ataques com bombas aéreas, ofensivas intensas na linha de frente, novos alertas de ataques aéreos em nossas cidades e comunidades. Ou seja, continua a caça russa contra civis. Isso é destruição consciente de vidas. Nenhuma ordem foi dada ao exército russo para parar”.

Zelensky ainda afirmou que está em contato direto com líderes europeus, incluindo o primeiro-ministro da República Tcheca, em busca de uma posição comum da Europa em favor da paz e da segurança internacional.

“Todos estão unidos pela ideia de que a guerra precisa acabar e que a Europa deve desenvolver uma posição comum sobre cada aspecto importante da segurança. Os Estados Unidos estão determinados a alcançar um cessar-fogo, e devemos apoiar juntos todos os passos construtivos. Uma paz digna, confiável e duradoura só pode ser o resultado de um esforço conjunto.”