
Quatro profissionais da Al Jazeera foram mortos nesta segunda-feira (11) em um ataque israelense nas proximidades do hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza, informou a emissora.
Os correspondentes Anas al-Sharif e Mohammed Qreiqeh, além dos cinegrafistas Ibrahim Zaher e Mohammed Noufal, estavam em uma tenda destinada à imprensa na entrada principal do hospital quando foram atingidos.
Duas semanas antes, a Al Jazeera havia acusado as Forças de Defesa de Israel (IDF) de promover uma “campanha de incitamento” contra seus repórteres na Faixa de Gaza, incluindo al-Sharif.
Após o ataque, o exército israelense, de maneira calhorda, confirmou ter como alvo o jornalista, alegando que ele liderava uma célula terrorista do Hamas. A nota não mencionou os outros três mortos.
Momentos antes de morrer, o jornalista de 28 anos publicava mensagens no X relatando intensos bombardeios na Cidade de Gaza. Imagens verificadas pela BBC mostram corpos sendo carregados do local, com colegas de imprensa identificando as vítimas. Ele também gravou um vídeo com sua filha (veja abaixo).
A Al Jazeera classificou o episódio como parte de um esforço contínuo para justificar ataques a seus profissionais, enquanto o Comitê para a Proteção dos Jornalistas contabiliza 186 mortes de repórteres desde o início da ofensiva israelense em outubro de 2023.
Assassinado hoje por “israel”, jornalista palestino Anas al-Sharif fala com a filha, Sham, em fevereiro deste ano, sobre os planos dos israelenses e EUA de expulsar palestinos de Gaza: “Não vamos sair. Estamos firmes e perseverantes”.
Anas al-Sharif tinha 29 anos e era pai dois… pic.twitter.com/7hf72MIluZ
— FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil (@FepalB) August 10, 2025