
O governo Donald Trump está preparando uma ofensiva direta contra os museus dos Estados Unidos para forçar que todo o conteúdo exibido se submeta à sua visão histórica e política. Segundo o Wall Street Journal, a Casa Branca quer reescrever exposições, catálogos e programas de arte para que coincidam com a narrativa presidencial — uma operação de alinhamento ideológico que deve ser concluída antes das comemorações dos 250 anos da independência americana.
Em uma carta enviada a Lonnie Bunch, secretário da Smithsonian Institution — rede que controla os principais museus do país — três altos funcionários exigem que as instituições passem a mostrar “unidade, progresso e valores duradouros” de acordo com a ordem executiva de Trump que prega “restaurar a verdade e a sanidade” à história dos EUA.

A lista de alvos é extensa: exposições de arte, textos curatoriais na internet, planejamento de mostras, acervos e até bolsas para artistas. Na prática, significa censurar conteúdos considerados “divisórios” e substituir narrativas críticas por uma celebração do chamado “excepcionalismo americano”.
Ainda segundo o jornal, o conselho da Smithsonian aceitou realizar uma varredura completa em todos os seus museus para remover o que o governo rotula como “viés político” — um passo que críticos veem como submissão direta do setor cultural à agenda presidencial.
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