“Queimar toda a floresta”: Eduardo Bolsonaro reedita o Decreto Nero de Hitler, que ordenou devastar a Alemanha

Atualizado em 14 de agosto de 2025 às 8:06
Eduardo Bolsonaro – Foto: Reprodução

A atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA (“Se for necessário, iremos sacrificar tudo e queimar toda a floresta”, disse ele) é a reedição de um dos momentos mais sombrios da Segunda Guerra Mundial: o Decreto Nero, assinado por Adolf Hitler em 19 de março de 1945.

No documento, o líder nazista ordenou a destruição de toda infraestrutura que pudesse ser útil às forças aliadas que avançavam sobre a Alemanha. Pontes, ferrovias, fábricas e portos deveriam ser demolidos.

Historiadores apontam que o objetivo não era estratégico, mas punitivo. A Alemanha, segundo Hitler, não mereceria sobreviver se não fosse capaz de vencer. O ato ficou conhecido como autodestruição final do Terceiro Reich. Parte das ordens foi sabotada por membros do próprio regime, como Albert Speer, que atrasou execuções para minimizar os danos.

A traição de Eduardo Bolsonaro carrega uma lógica semelhante. Ao se referir a “queimar a floresta” como resposta a pressões políticas e judiciais envolvendo sua família, o deputado sugere que recursos e patrimônio do país podem ser sacrificados em nome de uma causa pessoal. Durante o governo Jair Bolsonaro, medidas ambientais e de fiscalização foram enfraquecidas, coincidindo com aumento do desmatamento e tensões diplomáticas com parceiros comerciais.

A história mostra que, quando líderes colocam interesses privados acima da preservação do Estado, o resultado é sempre prejuízo coletivo.

A normalização desse tipo de retórica fragiliza instituições e pode incentivar ações concretas de sabotagem. Para críticos, a comparação com 1945 é um aviso: discursos que flertam com a destruição interna não devem ser tratados como simples bravatas.