
Dos Estados Unidos, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o golpista Paulo Figueiredo passaram a mirar lideranças do Centrão, ameaçando até pedir a cassação do visto americano do líder do PSD na Câmara, Antônio Brito (PSD-BA), conforme informações do Correio da Manhã.
A ofensiva, segundo o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), foi discutida em telefonema em que Figueiredo perguntou se deveria agir contra Brito, acusado por bolsonaristas de recuar em um suposto acordo para pautar o fim do foro privilegiado em casos de crime comum.
De acordo com os bolsonaristas, Brito havia participado das negociações, mas não cumpriu o combinado. O deputado baiano nega que tenha fechado acordo com eles e afirma que o entendimento teve apoio apenas do União Brasil, PP, Novo e PL.
Sóstenes contou que respondeu a Paulo Figueiredo para não fazer nada contra Brito: “Se Eduardo e o Paulo fizerem, vão atrapalhar minhas negociações aqui no Congresso”, disse. Uma nova reunião de líderes da Câmara foi marcada para esta quinta-feira (14) para discutir a pauta da próxima semana.
Dia de reuniões importantes com resultados tangíveis.
*Com @pfigueiredo08 pic.twitter.com/DjVXLkgMnj
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) August 13, 2025
Motta e Alcolumbre
Ainda segundo o líder do PL, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo estão “acompanhando passo a passo” as movimentações no Congresso sobre o foro privilegiado e o projeto de anistia aos investigados pela tentativa de golpe de Estado.
A ofensiva mira também o presidente da Câmara, Hugo Motta (Progressistas-PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que controlam as pautas de votação.
Os bolsonaristas pressionam Alcolumbre a colocar em pauta o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, já assinado pela maioria dos senadores, mas o presidente do Senado disse que não fará isso. Já Hugo Motta é cobrado a pautar a derrubada do foro privilegiado, mas afirma que o momento não é adequado.
