VÍDEO – Motta detona Eduardo na GloboNews: “Trabalha por interesse pessoal”

Atualizado em 14 de agosto de 2025 às 12:05
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), em entrevista à GloboNews nesta quinta (14). Foto: Reprodução

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), detonou a fuga de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para os Estados Unidos e sua articulação golpista no país. Ele classificou a atuação do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro como “incompatível com o exercício parlamentar”.

“Eu tenho dito que não existe mais ou menos deputado. Existe o deputado. Da mesma forma que não há previsão regimental do exercício à distância, e o deputado Eduardo Bolsonaro, quando tomou a decisão de ir para os Estados Unidos cumprir o papel que ele acha correto, ele sabia que era incompatível com o exercício parlamentar”, afirmou Motta em entrevista à GloboNews.

Motta diz que Eduardo não pode ser “prejudicado diante de suas prerrogativas pelo fato de estar nesse ambiente de disputa, de ataque, que ele vem cumprindo contra instituições no nosso país”, mas que poderia atuar de outra forma para defender o pai, réu por tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Não podemos colocar o interesse pessoal acima do país. (…) Eu penso que o deputado Eduardo poderia estar contra o julgamento do Supremo, é natural discordar. Agora, quando a gente parte para a atuação em um trabalho contra o país, que prejudica empresas, nossa economia, eu não acho razoável. Acho que é uma atitude que nós temos que ter total discordância”, prosseguiu.

O presidente da Câmara já havia descartado permitir que Eduardo mantenha o mandato à distância, afirmando que não pretende alterar o regimento interno da Casa e que “isso seria uma excepcionalidade que não se justifica”.

Segundo Motta, a ida de Eduardo aos EUA foi uma “escolha política” e sua articulação golpista contra o Brasil tem afetado empresas e a economia.

“Quando parte para um trabalho contra um país, que prejudica empresas, que prejudica a nossa economia, não acho razoável. É uma atitude que nós temos total discordância”, acrescentou Motta, apontando que algumas dessas ações não recebem apoio nem mesmo dentro do PL, partido de Eduardo.

Eduardo está nos Estados Unidos desde fevereiro de 2025, onde busca sanções do governo Trump a autoridades brasileiras. Entre elas está a Lei Magnitsky, usada para punir autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos, aplicada ao ministro Alexandre de Moraes do STF.

Caique Lima
Caique Lima, 27. Jornalista do DCM desde 2019 e amante de futebol.