VÍDEO: “Não há clima para anistiar quem planejou matar pessoas”, diz Hugo Motta

Atualizado em 14 de agosto de 2025 às 13:08
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Foto: Reprodução

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (14) que não existe clima político para anistiar “quem planejou matar pessoas”, em referência ao projeto de lei que propõe o perdão aos golpistas que participaram dos atos de 8 de janeiro de 2023.

A declaração também menciona o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que, segundo investigações, teria contado com o aval de Jair Bolsonaro (PL) para matar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na última semana, aliados de Bolsonaro ocuparam os plenários da Câmara e do Senado para pressionar pela aprovação de um pacote de medidas que incluía uma anistia ampla a todos os participantes dos atos golpistas. O movimento foi encerrado após negociações, mas líderes da oposição insistem que a pauta segue como prioridade.

“Um projeto auxiliar começou a ser discutido ainda no semestre passado, que não seria uma anistia ampla, geral e irrestrita. Eu não vejo dentro da Casa um ambiente para, por exemplo, anistiar quem planejou matar pessoas, não acho que tenha esse ambiente dentro da Casa”, declarou Motta em entrevista à GloboNews.

O parlamentar reforçou que, entre os deputados com quem conversa, não há apoio para esse tipo de anistia, embora reconheça preocupações com penas que considera exageradas. “Há, sim, uma preocupação com penas exageradas, e talvez um projeto alternativo tenha um ambiente melhor entre partidos de centro”, disse.

Para ele, uma proposta sem anistia ampla poderia ter mais apoio tanto de governistas quanto da oposição. “É esse que eu acho que é o sentimento da Casa”, afirmou.

Motta disse ainda que poderá retomar as discussões sobre um projeto alternativo com o presidente Lula e representantes do STF.

“Ninguém quer fazer nada na calada da noite, de forma atropelada. O que aconteceu no 8 de janeiro foi muito grave e isso precisa ficar registrado para que — assim como aconteceu na última semana, no plenário da Casa — esses episódios não voltem a se repetir”, concluiu.

Assista abaixo: