Mendonça vê risco de tensão no STF e avisa Motta sobre investigação de Malafaia

Atualizado em 15 de agosto de 2025 às 12:06
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça fez um alerta a colegas da Corte e ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), após a inclusão do pastor Silas Malafaia no inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e o ex-apresentador da Jovem Pan Paulo Figueiredo, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

De acordo com relatos, Mendonça procurou ministros como o decano Gilmar Mendes para apontar que a medida pode acirrar os ânimos e colocar parte significativa do eleitorado evangélico contra o STF.

O magistrado, que é pastor presbiteriano, também conversou com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para tentar reduzir a tensão e pacificar o clima após a decisão.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Foto: Reprodução

Malafaia passou a ser investigado no inquérito aberto em maio, que apura ações contra ministros do STF e autoridades públicas, além de articulações para buscar sanções internacionais contra o Brasil.

Segundo o relator, Alexandre de Moraes, essas ações visam interferir no processo em que Bolsonaro é réu por tentativa de golpe. Procurado, o pastor reagiu com ataques a Moraes, chamando-o de “ditador” e “criminoso por rasgar a Constituição”.

“Eu não tenho medo dele, não tenho medo de ser preso e dessa covardia que já aconteceu em países como a Nicarágua, contra religiosos católicos; acontece na China e nas nações islâmicas radicais. O Brasil é um país com 90% de cristãos, com 30% de evangélicos. Ele está mexendo em casa de marimbondo”, disse.

Nas redes sociais, o pastor bolsonarista também criticou o que chamou de vazamento seletivo e acusou a Polícia Federal de atuar politicamente a serviço do presidente Lula (PT) e do ministro Alexandre de Moraes.