O bolsonarista Paulo Figueiredo, ex-comantarista da Jovem Pan e neto do último presidente da ditadura, João Baptista Figueiredo, voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado concedeu entrevista ao jornal americano Washington Post e afirmou que a Corte não vai “recuar um milímetro” contra os golpistas.
Chamando o ministro de “pseudo-juiz”, o bolsonarista diz querer que ele continue atuando da mesma forma para que possa dar prosseguimento ao seu “plano” nos Estados Unidos.
“Ufa, ainda bem! Estamos contando com isso! Se o pseudo-juiz recuar agora vai esculhambar todo o nosso plano. É importante que continue dobrando a aposta e que os seus aliados continuem pagando o preço da sua irresponsabilidade. Ele mesmo já acabou, só não se deu conta…”, escreveu o bolsonarista no X.
Junto do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Figueiredo tem promovido uma articulação golpista para punir autoridades brasileiras. A dupla tem conversado com membros e aliados do governo Donald Trump.
Ufa, ainda bem!! Estamos contando com isso! Se o pseudo-juiz recuar agora vai esculhambar todo o nosso plano. É importante que continue dobrando a aposta e que os seus aliados continuem pagando o preço da sua irresponsabilidade. Ele mesmo já acabou, só não se deu conta… pic.twitter.com/MazvTTQOmC
— Paulo Figueiredo (8) (@pfigueiredo08) August 18, 2025
Figueiredo foi um dos denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por participação na trama golpista. Ele é acusado de propagar fake news sobre o processo eleitoral e ataques a instituições e autoridades quando era comentarista da Jovem Pan, em 2022.
O processo mira o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados, que planejaram impedir a posse do presidente Lula, vencedor das eleições daquele ano. Por isso, Figueiredo e Eduardo articulam sanções contra ministros e outras autoridades brasileiras no exterior.
Na entrevista, Moraes disse manter “total tranquilidade” para dar prosseguimento aos processos, mesmo com ataques e ameaças do governo americano, e disse que o processo da trama golpista é “legal” e “legítimo”.