
O governo dos Estados Unidos, a mando do presidente Donald Trump, enviou três navios militares para a costa da Venezuela sob a justificativa de combate ao tráfico de drogas em águas internacionais. A movimentação acendeu alertas diplomáticos em Brasília e em outros países da América Latina, que veem risco de escalada militar na região.
Segundo a Reuters, fontes em Washington indicam que as embarcações devem chegar ao Caribe ainda na noite de quarta-feira (20). Os navios destacados são o USS Gravely, o USS Jason Dunham e o USS Sampson. Além deles, não está descartado o envio de aviões e até de um submarino para reforçar a presença militar no mar do Caribe.
Em coletiva à imprensa, a Casa Branca reafirmou que “todas as opções permanecem sobre a mesa”, incluindo um eventual ataque a alvos considerados estratégicos. “O presidente Trump tem sido muito claro e consistente: ele está preparado para usar todos os elementos do poder dos EUA para frear o fluxo de drogas para nosso país e para levar os responsáveis à Justiça”, afirmou a porta-voz Karoline Leavitt.

No mesmo tom, Leavitt voltou a classificar Nicolás Maduro como chefe de uma organização criminosa. “O regime de Nicolas Maduro não é o governo legítimo da Venezuela. É um cartel de narcoterroristas e Maduro não é um presidente legítimo. Ele é um líder desse cartel e fugitivo que foi indiciado nos EUA por tráfico de drogas”, disse.
A posição foi reforçada pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, que considerou as ações uma questão de segurança nacional. “A droga é uma ameaça à segurança nacional dos EUA”, declarou.
Para ele, não se pode permitir que grupos ligados ao narcotráfico “operem com impunidade em águas internacionais”. Rubio afirmou ainda que o chamado Cartel de Soles, vinculado a militares venezuelanos, “é uma organização criminosa que se faz passar por um governo”.