Em jantar, Tarcísio reforçou apoio a Bolsonaro e defendeu anistia às vésperas de indiciamento

Atualizado em 21 de agosto de 2025 às 10:22
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Foto: Reprodução

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), saiu em defesa de Jair Bolsonaro (PL) e da proposta de anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro em um jantar realizado na última terça-feira (19), um dia antes de o ex-presidente ser indiciado pela Polícia Federal (PF), conforme informações da Folha de S.Paulo.

O encontro reuniu líderes do centrão e da direita, promovido pela federação recém-criada entre União Brasil e PP, e contou com governadores de oposição e presidentes de partidos, incluindo legendas que integram a base do governo Lula (PT).

Na ocasião, Tarcísio afirmou que “uma injustiça está sendo cometida contra Bolsonaro” e defendeu a votação do projeto de anistia, que também poderia beneficiar o ex-presidente.

Nos bastidores, o movimento foi visto como uma resposta às críticas feitas dias antes pelo vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que haviam chamado governadores aliados de “ratos” e “oportunistas”.

Segundo relatos, Tarcísio evitou falar diretamente sobre 2026, mas disse que a direita precisa se manter unida para enfrentar Lula. Ele também buscou reforçar sua fidelidade ao bolsonarismo, após cobranças da ala mais radical do grupo.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que já declarou não haver clima para votar uma anistia ampla, participou discretamente do jantar por cerca de vinte minutos.

Outros líderes presentes também fizeram gestos a Bolsonaro: Marcos Pereira, presidente do Republicanos, afirmou que qualquer candidato apoiado pelo ex-presidente teria chances de vitória em 2026, enquanto Ciro Gomes, ex-candidato à Presidência pelo PDT e hoje cotado a se filiar ao União, defendeu o pragmatismo da aliança.