O advogado bolsonarista Jeffrey Chiquini, que integra a defesa do ex-assessor especial da Presidência Filipe Martins, afirmou nesta sexta-feira (22) que a Polícia Federal investigou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça.
“Precisamos saber, o Brasil quer saber: a PF investigou o ministro André Mendonça por conta própria ou por ordem de alguém?”, questionou Chiquini em entrevista à revista Oeste, mais conhecida como Faroeste.
As menções ao ministro aparecem no relatório final da PF, que também indicia o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Segundo Chiquini, a investigação teria origem quando ele assumiu a defesa de Filipe Martins e encontrou recursos pendentes de análise. Com a proximidade de uma audiência e pedidos que discutiam nulidades processuais, ele diz ter protocolado um mandado de segurança para garantir direitos e suspender o andamento do processo.
Devido à mudança na presidência do STF e às férias do ministro Luís Roberto Barroso, o mandado ficou sob responsabilidade de André Mendonça. A PF aponta que, durante buscas na casa de Jair Bolsonaro, foi localizada uma mensagem de Eduardo comemorando a distribuição do caso ao ministro — fato que, segundo Chiquini, motivou a investigação.
O relatório final da PF sustenta que o mandado de segurança poderia ter como objetivo tumultuar o processo e alterar o curso do julgamento. Ainda de acordo com Chiquini, a investigação buscou apurar se ele, Mendonça e integrantes da família Bolsonaro atuaram de forma coordenada para favorecer uma suposta fraude processual.