A Polícia Federal (PF) deve encontrar no celular de Silas Malafaia conversas com militares e o recebimento de vídeos virais contra o PT usados na campanha de 2022, conforme informações do colunista Lauro Jardim, do Globo. Segundo apurações, essas peças foram criadas sob anonimato e enviadas ao pastor antes de serem publicadas nas redes.
Na quarta-feira (20), a PF cumpriu mandado de busca pessoal e apreendeu os aparelhos no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. Malafaia foi abordado ao desembarcar de voo vindo de Lisboa e ouvido nas dependências do terminal.
A medida foi autorizada pelo Supremo no âmbito da PET nº 14129, que investiga aliados de Jair Bolsonaro (PL). O pastor também recebeu cautelares que proíbem sair do país e manter contato com outros investigados.
As diligências tiveram parecer favorável da Procuradoria-Geral da República em 15 de agosto. Para o procurador-geral Paulo Gonet, a PF reuniu elementos que apontam Malafaia como “orientador e auxiliar das ações de coação e obstrução promovidas pelos investigados Eduardo Nantes Bolsonaro e Jair Messias Bolsonaro”.
Segundo a PGR, as evidências indicam que os investigados “estão associados no propósito comum, bem como nas práticas dele resultante, de interferir ilicitamente no curso e no desenlace da Ação Penal n. 2668 [da tentativa de golpe], em que o ex-presidente figura como réu”.
A perícia deve verificar a origem dos materiais, o envio antecipado dos vídeos e possíveis contatos com militares, confrontando os achados com o que já foi reunido por PF e PGR.