
Rajadas de metralhadora romperam o silêncio da manhã de 14 de julho na Penitenciária Federal de Brasília, a poucos quilômetros da Praça dos Três Poderes. Do alto das torres, policiais penais testavam armas israelenses recém-adquiridas para reforçar a segurança do presídio considerado o mais seguro do país.
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O local abriga figuras como Marcos Camacho, o Marcola, líder do PCC; seu irmão, Alejandro, o Marcolinha; o mafioso italiano Nicola Assisi; e o espião russo Sergei Cherkasov.
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A rotina na unidade é marcada por disciplina rígida: luzes acesas às 7h, silêncio às 22h e celas individuais imaculadas. Os presos são algemados antes de sair para os pátios cobertos por telas antidrones e podem se exercitar em grupos de até três. Futebol só às quartas, com bola de borracha, e TV gravada aos fins de semana — a derrota do Brasil na Copa de 2022 foi transmitida apenas no ano seguinte. “O sistema é rigoroso, mas não desumano”, afirma André de Albuquerque Garcia, da Senappen.
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A penitenciária dispõe de clínica, minifarmácia e ambulatório, mas transferências externas, como a de Marcola para exames, exigem megaoperações de segurança. A maioria dos detentos faz uso de psicotrópicos, e programas de leitura ajudam a ocupar o tempo – Game of Thrones está entre os títulos mais disputados. Conversas externas só ocorrem no parlatório, sempre monitoradas. Foi ali que Marcola, em 2022, admitiu pela primeira vez ser o chefe do PCC.
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Mesmo com vigilância reforçada e protocolos de defesa batizados de “Óbidos”, a fuga em Mossoró, em 2024, levou a novas reformas em Brasília, como barras extras em portas e luminárias. “Se um dia houvesse uma invasão em Brasília, aqui seria o lugar mais seguro para se refugiar”, disse a diretora Amanda Teixeira ao portal.
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