
O presidente Lula reagiu nesta terça (26) à nova ameaça de Donald Trump contra países que regulamentarem big techs. O mandatário americano afirmou que poderá impor tarifas adicionais e restringir exportações para nações que criarem impostos digitais ou legislação voltada a serviços e mercados digitais.
Em resposta, Lula afirmou, durante reunião ministerial, que as empresas de tecnologia não pertencem ao Brasil. “Para nós, elas (as big techs) são patrimônio americano, mas não são nosso patrimônio”, declarou.
O comentário foi feito em meio ao avanço das discussões no Congresso brasileiro sobre a regulamentação dessas plataformas. O tema também foi mencionado em resposta do conselho das empresas de tecnologia nos Estados Unidos a uma investigação sobre o comércio brasileiro.
⏯️ Lula critica postura de Trump sobre big techs: "Tem agido como se fosse o imperador do planeta"
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— Metrópoles (@Metropoles) August 26, 2025
Trump publicou uma nota em tom de ameaça nesta segunda (25). “Como Presidente dos Estados Unidos, enfrentarei os países que atacam nossas incríveis empresas de tecnologia americanas. (…) Mostrem respeito aos Estados Unidos e às nossas incríveis empresas de tecnologia ou considerem as consequências!”, escreveu.
Ele acusou países de beneficiar empresas chinesas e prometeu medidas duras se regras consideradas discriminatórias não forem retiradas. O movimento é parte da estratégia de Trump de blindar as companhias americanas em meio ao avanço do país asiático no setor digital e tecnológico.
Na véspera, Trump já havia elevado o tom contra Pequim ao ameaçar impor uma tarifa de 200% sobre produtos chineses caso os Estados Unidos não recebam fornecimento de ímãs.
Em abril, a China incluiu ímãs e outros itens ligados a terras raras na lista de exportações restritas, em resposta ao aumento das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos.