Valdemar põe em dúvida estado de saúde de Bolsonaro durante prisão domiciliar

Atualizado em 26 de agosto de 2025 às 19:24
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto durante entrevista. Foto: Divulgação

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, foi questionado sobre as condições de Jair Bolsonaro para disputar uma nova campanha. De maneira atrapalhada, respondeu: “Se Bolsonaro estivesse livre, ele sararia na hora e faria campanha”.

 “Se ele está mal, como ele vai encarar uma campanha?”, insistiu a jornalista. Sem saída, Valdemar demonstrou confusão e não conseguiu apresentar uma resposta convincente.

O tropeço verbal ocorreu justamente na semana em que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar Bolsonaro pelo caso da tentativa de golpe de Estado. A cena reforçou a percepção de improviso e desespero que marca a estratégia do PL, cada vez mais dependente do carisma do ex-presidente, que cumpre prisão domiciliar em Brasília desde o início de agosto.

Em outro evento, Valdemar disse que Donald Trump seria a “única saída” para Bolsonaro. O líder partidário classificou o processo no STF como uma “guerra” e insistiu no discurso de “perseguição constante” contra o ex-mandatário.

O presidente do Partido Liberal admitiu, que a atuação de Eduardo Bolsonaro ocorre fora da estrutura do partido, mas ainda assim “ajuda”.

Ao atacar o ministro Alexandre de Moraes, Valdemar ampliou o tom de inconformismo. “Quando o poder judicial se comporta dessa maneira é a pior coisa que existe para todo país, porque você não tem para quem recorrer. Esse é o nosso problema. Todos estão apoiando Alexandre de Moraes, ou a maioria”, disse, como se a crítica isolada fosse suficiente para blindar Bolsonaro das consequências legais.

Ao dizer que “Trump é a única saída que temos”, Valdemar deixou explícita a falta de horizonte político da sigla sem o ex-presidente. O partido, maior bancada do Congresso, não apresenta alternativas viáveis para o futuro e prefere se apegar ao discurso de vitimização e ao apoio internacional incerto.

Guilherme Arandas
Guilherme Arandas, 27 anos, atua como redator no DCM desde 2023. É bacharel em Jornalismo e está cursando pós-graduação em Jornalismo Contemporâneo e Digital. Grande entusiasta de cultura pop, tem uma gata chamada Lilly e frequentemente está estressado pelo Corinthians.