
A ausência do nome de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nas pesquisas presidenciais contratadas pelo PL tem provocado irritação no deputado e em seu grupo político. A avaliação é de que a cúpula da legenda, liderada por Valdemar Costa Neto, estaria alinhada a setores da direita que buscam herdar o capital político de Jair Bolsonaro e trabalhar para lançar um novo presidenciável, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.
Segundo aliados de Eduardo, a exclusão de seu nome nos levantamentos, como o divulgado nesta semana pela Paraná Pesquisas, é vista como parte dessa estratégia interna.
Pessoas envolvidas na condução das sondagens relatam, no entanto, que a escolha dos nomes testados é feita pelo próprio Jair Bolsonaro. De acordo com elas, foi ordem do ex-presidente que nenhum dos filhos apareça nos cenários para 2026.
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Entre os nomes que têm figurado em todos os levantamentos estão a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ambos apontados como alternativas do PL para a disputa presidencial. Eduardo, por sua vez, foi testado apenas para o Senado por São Paulo, onde, pela primeira vez, apareceu atrás do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
A movimentação de Tarcísio em agendas públicas recentes, que sinalizam maior disposição de disputar o Planalto, aumentou a tensão. O deputado já indicou que não facilitará a vida do governador caso ele confirme sua candidatura.
O recado foi reforçado pelo golpista Paulo Figueiredo, principal aliado de Eduardo nos Estados Unidos, que afirmou que, se Tarcísio migrar para o PL para concorrer à Presidência, o deputado deixará a legenda e buscará outra sigla para enfrentá-lo.
Diante do clima de atrito, lideranças do PL têm atuado para conter a crise. O deputado federal Altineu Côrtes, próximo de Valdemar Costa Neto, procurou Eduardo e Figueiredo nesta terça-feira (26) para tentar acalmar os ânimos. Até agora, porém, a tentativa não trouxe os resultados esperados pela cúpula do partido.