
Dois oficiais aposentados do Exército dos Estados Unidos foram retirados à força de uma audiência no Senado após protesto contra o genocídio de palestinos. O tenente-coronel Anthony Aguilar, ex-integrante da Força Especial Green Beret, e a capitã Josephine Guilbeau, ex-oficial de inteligência, foram detidos pela polícia.
“Cada americano sentado em casa agora precisa perceber que você está pagando por um genocídio”, disse o oficial após ser detido. A capitã afirmou que o país é “cúmplice do genocídio” e do “assassinato de bebês” em Gaza.
Aguilar afirmou que é um veterano com deficiência ao ser preso pelos policiais, que ignoraram a declaração e empurraram-no contra a parede.
Eles se levantaram durante a sessão da Comissão de Relações Exteriores em Washington e afirmavam que têm o dever constitucional de denunciar a guerra em Gaza. Aguilar ganhou notoriedade como denunciante contra a Gaza Humanitarian Foundation (GHF), contratada pelos EUA para gerir pontos de distribuição de ajuda sob supervisão militar israelense.
“Os terroristas israelenses estão matando crianças de fome! Os EUA são cúmplices do genocídio!”
Veteranos do Exército dos EUA, Josephine Guilbeau e Anthony Aguilar, são presos em protesto contra o Holocausto Palestino no Congresso.
Aguilar, veterano das Forças Especiais dos… pic.twitter.com/NRTlj6e11i
— FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil (@FepalB) September 4, 2025
Ele afirma que se tornou ativista após encontrar um palestino, chamado Amir, faminto e descalço, que lhe agradeceu em inglês pouco antes de ser morto a tiros. Aguilar diz que os centros de distribuição de alimentos em Gaza são “armadilhas de morte” e que o Exército israelense atrai multidões desesperadas para matar as vítimas.
Atualmente, o ex-membro da Força Especial Green Beret atua como defensor dos direitos palestinos em veículos de imprensa e fóruns públicos. Ele insiste que sua denúncia é um chamado à responsabilidade internacional e uma tentativa de expor práticas que, segundo ele, configuram crimes de guerra.