
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, reagiu nesta quinta-feira (11) à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em publicação nas redes sociais, ele acusou o ministro Alexandre de Moraes e outros integrantes da Corte de promoverem uma “caça às bruxas” contra o ex-chefe do Executivo brasileiro.
Na mensagem divulgada no X (antigo Twitter), Rubio escreveu: “As perseguições políticas do violador de direitos humanos sancionado Alexandre de Moraes continuam, já que ele e outros membros do Supremo Tribunal Federal decidiram injustamente prender o ex-presidente Jair Bolsonaro. Os Estados Unidos responderão adequadamente a essa caça às bruxas”.
The political persecutions by sanctioned human rights abuser Alexandre de Moraes continue, as he and others on Brazil's supreme court have unjustly ruled to imprison former President Jair Bolsonaro.
The United States will respond accordingly to this witch hunt.
— Secretary Marco Rubio (@SecRubio) September 11, 2025
O posicionamento de Rubio ocorreu poucas horas após a Primeira Turma do STF formar maioria pela condenação de Bolsonaro e de outros réus acusados de organizar um plano para anular o resultado das eleições de 2022. A decisão ainda aguarda a definição do regime e da duração das penas.
A fala do secretário norte-americano reforça a tensão diplomática em torno do processo. Ao citar diretamente Moraes, Rubio resgatou críticas já feitas por aliados de Bolsonaro no Brasil, que apontam perseguição política por parte do ministro. Ele, no entanto, foi o relator responsável por reunir provas e sustentar a acusação contra os envolvidos no episódio.
Rubio também destacou que o governo estadunidense não deixará o caso sem resposta. “Os Estados Unidos responderão de forma adequada”, afirmou, sem detalhar que medidas poderiam ser adotadas. A declaração levantou questionamentos sobre uma possível revisão na relação bilateral entre Brasília e Washington.
O ex-presidente brasileiro foi considerado culpado por cinco crimes, incluindo o de liderar organização criminosa armada. A soma das penas pode chegar a 46 anos de prisão. A decisão sobre onde Bolsonaro cumprirá a pena caberá ao ministro relator Alexandre de Moraes, após o trânsito em julgado do processo.