
A Executiva Nacional do PSDB divulgou nesta quinta-feira (11) uma nota oficial em que lamenta a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros réus no julgamento da chamada trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF). Para o partido, a decisão é histórica, mas não representa um motivo de celebração.
“Hoje é um dia histórico para o Brasil. Mas não é um dia feliz. Mais um ex-presidente da República foi condenado, desta vez por tentativa de golpe de Estado. O respeito ao Estado Democrático de Direito, à democracia constitucional e ao funcionamento legítimo das instituições, por mais duro que seja, deve ser prioridade absoluta para o país”, afirmou a sigla no comunicado.
Na avaliação da legenda, o episódio reforça um padrão negativo na política nacional desde a redemocratização. O PSDB lembrou que, dos cinco presidentes eleitos em nove pleitos após o fim da ditadura militar, apenas Fernando Henrique Cardoso não foi condenado, preso ou deposto por impeachment.
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“Desde a redemocratização, após uma longa e sombria ditadura, o Brasil teve cinco presidentes eleitos em nove eleições diferentes. Apenas um desses eleitos, Fernando Henrique Cardoso, não foi condenado, preso ou deposto por impeachment. Este não é um fato a se comemorar. No entanto, é relevante a constatação de que há um fator de estabilidade na política brasileira: a social-democracia, representada pelo PSDB”, destacou o texto.
O partido também ressaltou que a democracia deve prevalecer sobre tentativas de ruptura e que a responsabilidade com as instituições é a base da vida política no Brasil. Segundo a nota, esse compromisso deve ser visto como “prioridade absoluta para o país”.
Para os tucanos, o resultado do julgamento demonstra os riscos que o radicalismo e o extremismo oferecem à estabilidade institucional. “O radicalismo e o extremismo levam a situações desagradáveis como a condenação criminal de um ex-presidente da República pela suprema corte do país. Mais do que nunca está claro que, incontestavelmente, o Brasil precisa retomar o caminho da estabilidade política”, concluiu a Executiva.