
A pesquisa Ipsos-Ipec divulgada nesta quinta-feira (11) mostra avanço na aprovação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A avaliação positiva cresceu de 25% para 30% entre junho e setembro, enquanto a reprovação caiu de 43% para 38%. A diferença entre opiniões favoráveis e negativas encolheu de 18 para 8 pontos.
O aumento da popularidade foi mais expressivo entre os eleitores que apoiaram Lula em 2022, onde a aprovação subiu de 53% para 61%. No Nordeste, reduto eleitoral do presidente, o índice de aprovação saltou de 38% para 46%.
O desempenho também melhorou em grupos específicos da população. Entre os menos escolarizados, a aprovação chegou a 40%. Já entre famílias com renda de até um salário mínimo e entre católicos, o índice atingiu 37%.

A desaprovação caiu mais entre eleitores de Bolsonaro, de 75% para 67%, além de homens, que passaram de 48% para 41%, e moradores da região Norte/Centro-Oeste, de 50% para 39%. Já a rejeição permanece mais alta entre moradores do Sul (52%), evangélicos (46%), pessoas com renda superior a cinco salários mínimos (48%) e brancos (44%).
Na avaliação pessoal do presidente, 44% dos entrevistados disseram aprovar a forma como Lula governa, contra 39% em junho. A desaprovação caiu de 55% para 51%. A aprovação é maior entre eleitores de Lula (81%), nordestinos (63%) e famílias com renda de até um salário mínimo (54%). A desaprovação é mais forte no Sul (65%), entre eleitores de Bolsonaro (85%) e entre evangélicos (63%).

A confiança no presidente também apresentou leve melhora. Em setembro, 41% afirmaram confiar em Lula, contra 37% em junho. A falta de confiança oscilou de 58% para 56%. O índice de confiança é maior entre moradores de municípios com até 50 mil habitantes (45%) e entre pretos e pardos (44%), enquanto a desconfiança é predominante entre evangélicos (69%) e famílias com renda superior a cinco salários mínimos (71%).
O levantamento foi realizado entre os dias 4 e 8 de setembro, com duas mil entrevistas presenciais em 132 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%. Segundo Márcia Cavallari, diretora da Ipsos-Ipec, os números sugerem estabilização após o pico de rejeição registrado em junho.
