
John Elkann, presidente da Ferrari e da Stellantis, fechou um acordo com a promotoria italiana para encerrar uma investigação por evasão fiscal ligada à herança da avó Marella Caracciolo. Além de pagar a quantia milionária, Elkann se comprometeu a prestar serviços comunitários durante um ano, em instituição ainda a ser definida.
Segundo a agência Reuters, Elkann e seus irmãos, Lapo e Ginevra, pagarão juntos 183 milhões de euros, cerca de R$ 1,1 bilhão, relacionados ao patrimônio deixado pela avó. O acordo foi aceito pela promotoria de Turim, mas ainda precisa ser homologado por um juiz. A legislação italiana prevê que esse tipo de acerto não significa admissão de culpa, mas encerra processos criminais em andamento.
A disputa surgiu após divergências familiares sobre a herança de Gianni Agnelli, ex-presidente da Fiat, falecido em 2003. Sua filha Margherita, mãe de John, contestou os acordos firmados em 2004 e tenta reverter os termos para beneficiar os filhos de seu segundo casamento. Essa briga judicial acabou levando os irmãos Elkann a serem investigados por suposta evasão fiscal.

O patrimônio em questão, herdado por Marella Caracciolo, viúva de Agnelli, foi estimado pelas autoridades italianas em 800 milhões de euros. Para garantir a cobrança dos tributos, a Justiça de Turim chegou a confiscar bens e valores de quase 75 milhões de euros ligados aos irmãos Elkann. Agora, com o pagamento acertado, o caso chega ao fim na esfera criminal.
A promotoria confirmou que o processo penal contra John, Lapo e Ginevra Elkann será retirado, já que o pagamento da multa cobre as pendências fiscais.
O acordo também prevê que Elkann cumpra um ano de serviços comunitários em uma instituição social, como centro de idosos ou organização de apoio a dependentes químicos.