Suspeito de matar o extremista Charlie Kirk é preso nos EUA

Atualizado em 12 de setembro de 2025 às 12:17
Tyler Robinson, suspeito de matar o extremista Charlie Kirk. Foto: Divulgação

A polícia dos Estados Unidos prendeu nesta sexta (12) Tyler Robinson (22) suspeito de assassinar o extremista Charlie Kirk. A captura aconteceu no terceiro dia de buscas, que mobilizaram agentes locais e o FBI. O governador do Utah, Spencer Cox, anunciou a prisão e agradeceu à família do suspeito, que decidiu entregá-lo às autoridades após ele confessar o crime a amigos.

Kirk (31) era aliado do presidente Donald Trump e foi morto na quarta (10), após ser baleado no pescoço durante uma palestra na Universidade Utah Valley. O FBI informou que o suspeito já havia deixado rastros digitais e provas que o ligam ao crime. O assassinato provocou grande repercussão nacional e levou a uma intensa operação de investigação e caçada policial.

Segundo o governador, Robinson não era aluno da universidade, mas se deslocou até o campus para acompanhar a palestra. Após o disparo, ele trocou de roupa e fugiu a pé. Em redes sociais, o suspeito havia publicado mensagens sobre armas e munições, além de manifestações de radicalização política, segundo relataram familiares.

O caso avançou após Robinson confessar o crime a pessoas próximas, que repassaram a informação à família, apoiadora do movimento MAGA (Make America Great Again, ou “tornar a América grande novamente”, em português). Foi o pai do suspeito, convencido por um pastor local que também é policial, quem decidiu entregá-lo às autoridades.

Tyler Robinson foi visto por câmeras de segurança após assassinato. Foto: Divulgação/FVI

Trump, em entrevista à Fox News, confirmou que o suspeito se apresentou a uma delegacia após pressão da família. “Eu acho que o pegamos”, afirmou o presidente, acrescentando que pedirá a pena de morte para o responsável pelo assassinato.

Investigações preliminares apontam que Robinson já vinha manifestando antipatia por Kirk antes da visita do ativista ao Utah. Amigos relataram que ele comentou sobre a palestra para universitários e declarou que “não gostava” do extremista. Dias depois, confessou o assassinato.

A caçada policial envolveu mais de 200 entrevistas e a análise de cerca de 7 mil pistas. O FBI chegou a oferecer uma recompensa de 100 mil dólares (cerca de R$ 630 mil) por informações que levassem ao paradeiro do atirador. Imagens divulgadas mostraram um homem de boné e camiseta preta fugindo do campus logo após o crime.

Caique Lima
Caique Lima, 27. Jornalista do DCM desde 2019 e amante de futebol.