Trump pressiona Otan a cortar petróleo e propõe “sanções severas” à Rússia

Atualizado em 13 de setembro de 2025 às 21:01
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Carlos Barria/Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou neste sábado (13) uma carta aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pedindo a adoção de um pacote de “sanções severas” contra a Rússia. A condição imposta pelo governo americano é que os europeus interrompam completamente a compra de petróleo russo.

Trump afirmou que os EUA estão prontos para ampliar medidas contra o governo de Vladimir Putin, mas acusou aliados da Otan de enfraquecerem a pressão sobre Moscou ao manterem importações de energia. “A compra de petróleo russo tem sido chocante e compromete a força de negociação”, escreveu o republicano em sua rede Truth Social.

Além das sanções, Trump propôs que os membros da aliança ocidental aumentem tarifas sobre a China, com alíquotas de 50% a 100% sobre produtos chineses até o fim da guerra na Ucrânia. Para ele, a medida enfraqueceria o apoio de Pequim a Moscou.

A carta marca mais um episódio de deterioração na relação entre Trump e Putin. Em agosto, os dois se reuniram no Alasca em busca de um cessar-fogo na Ucrânia, mas não houve acordo. Desde então, a Rússia intensificou os ataques, e o Kremlin descartou encontros com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Na sexta-feira (12), Trump já havia dito que sua paciência com Putin estava “se esgotando rapidamente”. Ele voltou a afirmar que a guerra “nunca teria começado” caso estivesse na Casa Branca em 2022, responsabilizando Joe Biden e Zelensky pelo conflito.

O novo posicionamento de Washington foi recebido com cautela pelos aliados europeus, que ainda dependem do petróleo russo. Trump, no entanto, reforçou que sem a adesão plena da Otan não haverá nova rodada de sanções dos EUA contra Moscou.