O assassino que confunde. Por Moisés Mendes

Atualizado em 14 de setembro de 2025 às 20:21
Tyler Robinson o assassino de Charlie Kirk. Foto: Divulgação

O assassino de Charlie Kirk está confundindo o que sempre parecia fácil desde a ascensão do novo fascismo. Era fácil enquadrar essas figuras.

Tyler Robinson é armamentista e de família republicana obsessiva com armas e violência. Mas não é um fascista ‘clássico’.

Não está claro que tenha, como suspeitam, se transformado num antifascista por viver com uma pessoa trans.

Não tem vínculos com partidos. Não seria alguém de ‘esquerda’ dedicado a caçar fascistas.

Também não seria um ultraextremista no extremo do fascismo americano, que tem muitas graduações, ou um antissistema e antitudo.

O que se tem até agora indica muito do que não é, mas pouco do que ele de fato seria por suas posições políticas.

Ficou complicado para quem acha que é sempre fácil enquadrar qualquer extremista hoje. Temos um matador de fascista com meios tons.

PÂNDEGO
Achei engraçado Eduardo Bueno, o Peninha, dando explicações sobre sua fala a respeito do fascista assassinado.

Um pândego e um anarquista nunca deveriam dar explicações, a não ser como truque para reafirmar a anarquia.

Mas Peninha é um pândego moderado e ponderado. Como diria o pacifista Brilhante Ustra, inspirador de grandes pacifistas, como Nikolas Ferreira, o momento exige bom senso.

Moisés Mendes
Moisés Mendes é jornalista em Porto Alegre, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim) - https://www.blogdomoisesmendes.com.br/