“Perseguição”: Viktor Orbán volta a defender Bolsonaro e ataca Justiça brasileira

Atualizado em 16 de setembro de 2025 às 7:50
Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, e Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria. Foto: reprodução

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, voltou a se manifestar em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi feita no sábado (13), por meio de uma publicação no X (antigo Twitter).

Na mensagem, Orbán afirmou que líderes conservadores estariam sendo “esmagados” pela Justiça em diferentes países. Ele classificou a decisão contra Bolsonaro como uma “caça às bruxas política” e disse que permanecerá ao lado do ex-mandatário brasileiro.

Esta não foi a primeira vez que o chefe de governo húngaro expressou solidariedade a Bolsonaro. Em julho, Orbán havia pedido que o ex-presidente brasileiro continuasse “lutando”, descrevendo o processo judicial como “ferramenta de medo, não de Justiça”.

Bolsonaro e Orbán mantêm proximidade desde o período em que o ex-capitão ocupava a Presidência do Brasil. Em 2024, Bolsonaro chegou a permanecer na embaixada da Hungria em Brasília, após ter o passaporte apreendido pela Polícia Federal, em meio às investigações que resultaram em sua condenação.

Após a publicação mais recente de Orbán, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) agradeceu o apoio do premiê europeu. Em mensagem divulgada nas redes sociais, Eduardo afirmou que continuará articulando contra as decisões da Justiça brasileira, negando qualquer ligação de seu pai com os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Atualmente nos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro declarou que a mobilização em defesa do pai deve ser vista como uma “maratona”. Enquanto isso, o ex-presidente aguarda o julgamento de recursos, mas a condenação prevê o cumprimento da pena em regime fechado.