
O Supremo Tribunal Federal (STF), composto por 11 ministros, terá sua próxima troca de cadeiras em 2028. Pela regra da aposentadoria compulsória, os integrantes devem deixar o cargo aos 75 anos de idade. A medida foi estabelecida em 2015 pela chamada PEC da Bengala, que ampliou em cinco anos o prazo anterior.
O primeiro a se aposentar será o ministro Luiz Fux, indicado por Dilma Rousseff em 2011, que completa 75 anos em abril de 2028. Na sequência, a ministra Cármen Lúcia, única mulher atualmente na Corte, atingirá a idade em 2029. Já o decano Gilmar Mendes, nomeado em 2002 por Fernando Henrique Cardoso, deixará o Supremo em dezembro de 2030.
Em 2033, será a vez de Edson Fachin e Luís Roberto Barroso completarem a idade limite, ambos indicados por Dilma Rousseff. Dias Toffoli, nomeado por Lula em 2009, terá aposentadoria compulsória em 2042, seguido por Flávio Dino, indicado em 2023, e Alexandre de Moraes, nomeado em 2017, ambos com previsão de saída em 2043.

Os dois ministros mais jovens do STF, Kassio Nunes Marques e André Mendonça, indicados por Jair Bolsonaro, completam 75 anos em 2047. O último da lista é Cristiano Zanin, também indicado por Lula, que só deixará o cargo em 2050.
A obrigatoriedade da aposentadoria compulsória tem impacto direto na composição da Corte, já que abre espaço para novos indicados ao longo das próximas décadas. Essas mudanças influenciam o equilíbrio político e jurídico das decisões do Supremo.
Com a previsão de aposentadorias, futuros presidentes da República terão a oportunidade de nomear novos ministros, definindo parte do perfil da Corte em julgamentos decisivos.