A última do Temer: pacto e pacificação. Por Moisés Mendes

Atualizado em 16 de setembro de 2025 às 11:03
Michel Temer participando do Roda Viva. Foto: Divulgação

Michel Temer ressuscitou no Roda Viva a proposta do pacto nacional, que é a maior pilantragem da política desde o golpe contra Pedro II.

Essa é a sua proposta:

“O pacto nacional seria sentar o presidente da República, o presidente do Supremo, os presidentes do Legislativo com entidades da sociedade civil e até a oposição. Você poderia chamar a oposição: venha aqui, vamos conversar. Vamos encontrar um caminho para o país. Isso precisa ser um conjugação de setores”.

Um resumo, se é que precisa: Lula chamaria o golpismo permanente para uma trégua. Foi um Roda Viva de bobagens.

Disse até que os Estados Unidos têm uma democracia plena e que o general Braga Netto fez uma boa gestão quando da intervenção militar de 2018 no Rio, determinada por ele.

Temer é uma figura literária, é uma invenção de alguém, que se encaixa em várias histórias, com suas mãos de 14 dedos.

Hoje ele parece um personagem da monarquia que não entende direito o que se passa na República.

Temer é um chalaça atemporal e com perenidade. Daqui a 20 anos estará dando palpites sobre a pacificação.

Moisés Mendes
Moisés Mendes é jornalista em Porto Alegre, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim) - https://www.blogdomoisesmendes.com.br/