
A defesa de Jair Bolsonaro (PL) informou nesta terça-feira (16) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente apresentou mal-estar, pré-síncope, vômitos e queda de pressão arterial antes de ser levado ao Hospital DF Star, em Brasília. O documento entregue ao STF foi assinado pelo médico Leandro Santini Echenique.
De acordo com decisão anterior de Moraes, Bolsonaro pode sair da prisão domiciliar para atendimentos médicos emergenciais, desde que a motivação seja comprovada em até 24 horas. O registro enviado pela defesa cumpre essa exigência após a ida do ex-presidente ao hospital privado nesta manhã.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro publicou nas redes sociais que o marido realizou exames e está em tratamento com medicação intravenosa. Em nota, o médico Claudio Birolini, que também atende Bolsonaro, afirmou que solicitou a ida ao hospital devido ao quadro de queda de pressão e vômitos, acompanhado de mal-estar.

Segundo Birolini, Bolsonaro foi encaminhado para avaliação clínica, medidas terapêuticas e exames complementares. A equipe médica deve atualizar o quadro assim que houver definição mais clara sobre a situação de saúde.
O episódio ocorre poucos dias após a Primeira Turma do STF condenar Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por envolvimento em uma trama golpista. A decisão, tomada em 11 de setembro, foi histórica por ser a primeira condenação de um ex-presidente brasileiro por tentativa de golpe de Estado.
Por 4 votos a 1, os ministros reconheceram a prática de cinco crimes: golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, organização criminosa armada, dano qualificado contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. A defesa ainda pode recorrer da decisão, mas a pena prevê início do cumprimento em regime fechado.