
Um grupo de parlamentares bolsonaristas desembarcou nesta sexta-feira (19) em Roma para visitar a deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), presa desde julho na penitenciária feminina de Rebibbia. Entre eles estão os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Damares Alves (Republicanos-DF), Eduardo Girão (Novo-CE), Magno Malta (PL-ES) e o deputado Cabo Gilberto (PL-PB).
Segundo Girão, a viagem teve caráter humanitário. “É só para uma visita humanitária a Zambelli”, afirmou. Ele acrescentou que viajou apenas para encontrar a deputada ao lado de Damares. “Chegamos hoje e voltaremos amanhã”, disse ao UOL.
Além da visita, Flávio Bolsonaro deve aproveitar a passagem pela Itália para participar de um evento da ultradireita local. O senador disse que foi convidado para o “La tua Pontida Liberi e Forti”, que contará com a presença do vice-primeiro-ministro Matteo Salvini, em Pontida, cidade a 600 km de Roma.
🚨URGENTE – Senadores Flávio Bolsonaro, Magno Malta e Damares chegam à Itália para visitar Carla Zambelli pic.twitter.com/zKLoyKveBJ
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➡️ Advogado de Carla Zambelli explica como funcionará visitas de senadores à deputada, presa na Itália pic.twitter.com/m0AMD1isVs
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Apoio no exterior
Bolsonaristas que vivem na Itália, além de apoiadores vindos da Suíça, França e Estados Unidos, também organizaram um encontro paralelo neste sábado. O grupo está hospedado no Cardo Hotel, no bairro EUR, onde diárias variam de 300 a 1.000 euros. O local fica a cerca de 20 km da prisão de Rebibbia.
De acordo com a assessoria, os custos da viagem — incluindo deslocamento e estadia — foram pagos integralmente com recursos próprios dos parlamentares.
Situação de Carla Zambelli
A deputada está presa desde 29 de julho, após a Justiça italiana negar recurso para que aguardasse em liberdade o processo de extradição ao Brasil. A defesa havia solicitado prisão domiciliar, mas o pedido foi rejeitado.
Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão, por unanimidade (5 a 0), junto ao hacker Walter Delgatti Neto, pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. Após a decisão, deixou o Brasil e acabou detida em território italiano.