
O Partido dos Trabalhadores (PT) entrou na Justiça contra o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, após declarações em que ele atribuiu à legenda a responsabilidade pelos atos golpistas de 8 de janeiro, conforme informações do colunista Lauro Jardim, do Globo.
A sigla protocolou, na última quarta-feira (18), duas petições no Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT): uma queixa-crime por difamação e uma ação cível pedindo indenização de R$ 30 mil por danos morais.
As falas contestadas ocorreram em um evento em Itu (SP), no último sábado (14). Na ocasião, Valdemar afirmou que “um povo do PT” teria começado o quebra-quebra nas sedes dos Três Poderes. Antes disso, o dirigente havia admitido que “houve um planejamento de golpe”, mas disse que “aquela bagunça” não foi golpe e sim responsabilidade de petistas.
Sobre a suposta infiltração, Costa Neto declarou: “tem filmagem deles saindo de lá tranquilamente”. Na ação, o PT argumenta que a versão já foi “exaustivamente refutada por órgãos de imprensa” e classifica a fala como uma tentativa de transferir responsabilidades.
Ao lado de Kassab (PSD), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirma que “houve planejamento de golpe”, mas sem que fosse executado.
A afirmação foi no Rocas Festival, em Itu, (SP) sábado (13). Valdemar também voltou a chamar os manifestantes do 8/1 de “pés de chinelo”. pic.twitter.com/QuEIenE9n0
— Comunicarmais (@ComunicarmaisBA) September 15, 2025
Queixa-crime e pedido de indenização
Na queixa-crime apresentada à 6ª Vara Criminal de Brasília, o PT pede a condenação de Valdemar pelo crime de difamação, solicitando a aplicação das penas máximas previstas no Código Penal. O partido sustenta que as declarações ofenderam a honra da legenda e tiveram caráter difamatório.
Já na ação cível protocolada na 5ª Vara Cível de Brasília, o Diretório Nacional da sigla pede a condenação de Valdemar ao pagamento de R$ 30 mil por danos morais. Além disso, solicita que o presidente do PL seja obrigado a apresentar provas de suas alegações.
As medidas foram tomadas dois dias depois de Edinho Silva, presidente do PT, anunciar que o partido iria adotar “todas as medidas judiciais cabíveis” contra Valdemar.