
O Partido dos Trabalhadores (PT) entrou com duas ações na Justiça contra o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, por declarações feitas em evento realizado em 13 de setembro em Itu, São Paulo. O partido acusa o dirigente de calúnia e difamação após ele atribuir à legenda a responsabilidade pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
“Quem começou o quebra-quebra foi o povo do PT, e tem filmagem deles saindo de lá tranquilamente”, disse Valdemar durante o discurso. As falas ocorreram poucos dias depois da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de aliados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
E o Valdemar falou ontem na Jovem Pan, em pleno 2025, com tudo o que já vimos, que o 8 de janeiro foi um quebra-quebra iniciado por um “pessoal do PT”.
Eu queria saber como o presidente do partido que tentou o golpe saiu ILESO disso tudo. pic.twitter.com/DloepExy47
— Romulo Dias 🇧🇷 (@RomuloBDias) September 16, 2025
A primeira ação, protocolada na 6ª Vara Criminal de Brasília, pede a condenação de Valdemar por calúnia e difamação. O PT argumenta que as declarações foram feitas de forma consciente e dolosa, com o objetivo de abalar a imagem do partido e reescrever os acontecimentos de forma falaciosa.
Além disso, o PT protocolou na 5ª Vara Cível de Brasília uma ação de indenização por danos morais no valor de R$ 30 mil. O partido sustenta que Valdemar atingiu sua honra ao associá-lo, sem provas, ao ataque contra a democracia ocorrido em Brasília.
Três dias após o evento em Itu, Valdemar tentou recuar de parte das falas, afirmando que “errou” ao mencionar a existência de planejamento para um golpe de Estado. O dirigente também pediu desculpas a representantes da direita.