Opinião dos eleitores sobre ataque de Tarcísio a Moraes surpreende

Atualizado em 21 de setembro de 2025 às 13:42
Tarcísio de Freitas e o ministro Alexandre de Moraes. Foto: reprodução

Uma pesquisa inédita da Genial/Quaest, realizada entre 12 e 14 de setembro, mostrou que a dura crítica do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ao ministro Alexandre de Moraes durante o 7 de setembro gerou percepções divididas no país. Segundo o levantamento, 19% dos brasileiros consideraram o comportamento “adequado”, enquanto outros 19% o classificaram como “inadequado”.

A maioria dos entrevistados, no entanto, mostrou que o governador de São Paulo ainda precisa comer muito feijão se quiser ser conhecido nacionalmente: eles sequer acompanharam o episódio. Dos 2.004 participantes, 59% afirmaram não ter tomado conhecimento do ataque verbal de Tarcísio, em que chamou o julgamento de Jair Bolsonaro de “tirania” de Moraes. Outros 3% não souberam ou não quiseram responder.

Entre os eleitores de Bolsonaro no segundo turno de 2022, o apoio ao governador é maior: 42% classificaram a crítica como adequada, contra 9% que a reprovaram. Já no grupo que votou em Lula, 30% consideraram a postura inadequada e apenas 6% a viram como correta.

O índice de desconhecimento foi ainda mais alto entre quem disse ter votado branco, nulo ou não compareceu às urnas em 2022. Nesse segmento, 73% afirmaram não saber das declarações de Tarcísio. O dado mostra que o alcance político da fala foi limitado fora da base mais engajada.

Foto destaque: Apoiadores de Jair Bolsonaro durante ato na Avenida Paulista, em São Paulo (Reprodução/Maira Erlich/Bloomberg/Getty Images Embed)

A pesquisa também questionou os entrevistados sobre a percepção do tamanho das manifestações de 7 de setembro a favor de Bolsonaro. Para 54%, os atos foram grandes, enquanto 23% os consideraram esvaziados. Outros 21% não souberam responder e 2% ficaram em posição intermediária.

Em comparação com 2022, quando manifestações semelhantes ocorreram em meio à campanha presidencial, os índices são parecidos. Naquele ano, 57% disseram que os atos foram grandes, enquanto 16% avaliaram como pequenos. A nova rodada mostra que, mesmo após a derrota eleitoral de Bolsonaro, parte da população ainda vê expressividade nas mobilizações.