VÍDEO: Chico Buarque chega a Copacabana para protesto contra PEC da Blindagem

Atualizado em 21 de setembro de 2025 às 15:52
Chico Buarque na chegada para participar de ato. Foto: Reprodução

Chico Buarque chegou a Copacabana, no Rio de Janeiro, para participar do ato musical contra a PEC da Blindagem e o projeto de anistia aos condenados do 8 de Janeiro. O cantor e compositor, referência histórica na luta pela democracia, foi recebido por aplausos e palavras de ordem de manifestantes que se concentram na orla carioca. O evento reúne artistas, movimentos sociais e lideranças políticas em defesa do Estado democrático de direito.

A manifestação no Rio começou de forma tímida, mas ganhou força ao longo da tarde com a chegada de Chico Buarque, além de outros nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Djavan e Paulinho da Viola. Dois trios elétricos foram montados: um para discursos de políticos e outro para apresentações musicais. Os artistas confirmados têm usado o espaço para reforçar a mensagem de “sem anistia” e repudiar a proposta aprovada na Câmara dos Deputados.

Chico Buarque, que participou ativamente de movimentos contra a ditadura militar e sempre manteve sua atuação política ligada à música, voltou a se posicionar de forma direta contra a PEC da Blindagem. Críticos apontam que a proposta protege parlamentares ao exigir autorização prévia das Casas Legislativas para abertura de ações penais, medida considerada um retrocesso em relação à transparência e à responsabilização.

Entre os presentes, também era possível ver bandeiras de partidos como PT, PSOL e PCdoB, além de faixas contra o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), chamado de “inimigo do povo”. Muitos manifestantes vestiam vermelho, mas também se destacavam cores verde e amarela acompanhadas de adesivos com frases como “sem anistia” e “Brasil soberano”.

O protesto no Rio integra uma mobilização nacional que também ocorre em São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Belém, Manaus e outras capitais, além de cidades internacionais como Londres e Berlim. Em São Paulo, a concentração acontece na avenida Paulista, em frente ao Masp, com shows de Marina Lima, Leoni e Jotapê.

As manifestações também se voltam contra a urgência aprovada para o projeto que concede anistia a golpistas condenados, incluindo Jair Bolsonaro, sentenciado pelo Supremo Tribunal Federal a 27 anos e 3 meses de prisão. A junção entre arte e política, simbolizada pela presença de Chico Buarque em Copacabana, reforça o caráter cultural e democrático da resistência contra as medidas em debate no Congresso Nacional.