
A manifestação contra a PEC da Blindagem e o projeto de anistia aos condenados pelo 8 de janeiro, na Avenida Paulista, foi marcada neste domingo (21) pela ação da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo. Sob comando do prefeito Ricardo Nunes (MDB), viaturas e motos da corporação avançaram com sirenes ligadas em meio à multidão e agentes usaram spray de pimenta, mesmo com ruas paralelas liberadas para o tráfego.
O protesto reuniu 42,4 mil pessoas em seu auge, segundo levantamento da Universidade de São Paulo (USP). O cálculo foi realizado pelo Monitor do Debate Político do Cebrap em parceria com a ONG More in Common, a partir de imagens aéreas e softwares de inteligência artificial. O público estimado variou entre 37,3 mil e 47,5 mil manifestantes dentro da margem de erro.
Com esse número, o ato é considerado um dos maiores já realizados na capital desde o início da tramitação da PEC. A proposta, aprovada pela Câmara dos Deputados, é alvo de críticas por dificultar a abertura de processos contra parlamentares e por ampliar a blindagem a envolvidos em irregularidades.
🚨 DENÚNCIA – Compartilhem !
O @chico_pinheiro denuncia que a GCM, comandada pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, está AVANÇANDO para cima da multidão com carros e sirenes ligadas na Avenida Paulista, no meio da manifestação contra a PEC da Blindagem. pic.twitter.com/c8mpgD2vmX
— Cássio Oliveira (@cassioolivveira) September 21, 2025
Em provocação, Guarda Metropolitana Municipal (GCM) forçou três viaturas em meio à multidão do ato contra PEC da Blindagem. A av. Paulista já é normalmente fechada para carros aos domingos. Também jogaram spray de pimenta no público. Lembrando que há ruas paralelas transitáveis. pic.twitter.com/JRN1fVVIIV
— susana (@susanabotar) September 21, 2025
Além da pauta política, a Avenida Paulista se transformou em palco de música, discursos e blocos culturais, reforçando o caráter popular da mobilização. Cartazes, bandeiras e canções destacaram a oposição às propostas em análise no Congresso.
Entre os parlamentares presentes, estiveram a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) e o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP). Ambos ressaltaram que a pressão das ruas é essencial para barrar a PEC no Senado e impedir tentativas de anistiar golpistas.
Bateu o desespero neles! Com a avalanche de gente hoje na Avenida Paulista, os guardinhas do Ricardo Nunes avançaram com o carro próximo da multidão e depois saíram de escudo, como se fossem combater alguém, mesmo não havendo absolutamente nada. É preciso denunciar ao MP um… pic.twitter.com/Ui4ySH9t8I
— Vinicios Betiol (@vinicios_betiol) September 21, 2025
PAINEL | Secretário de Segurança Urbana da cidade de São Paulo, Orlando Morando definiu como um “deslocamento comum” a ação de dois carros da GCM (Guarda Civil Metropolitana) que atravessaram a multidão de manifestantes durante ato na avenida Paulista na tarde deste domingo (21),… pic.twitter.com/o1n6EOh20E
— Folha de S.Paulo (@folha) September 21, 2025
GCM indo pra cima dos manifestantes no ato da Av. Paulista contra a PEC da Bandidagem. Tudo começou quando um deputado bolsonarista atentou contra os manifestantes e foi acolhido na base da PM.
🎥Carol Trevisan / CC Mídia NINJA pic.twitter.com/rCkL9Gza5P
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) September 21, 2025
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Durante a cobertura do ato na Paulista, a GCM ataca covardemente fotojornalistas que estavam fotografando em momento de violência praticada pela polícia.@MidiaNINJA @jairmearrependi @psol50 @jornalaverdade_ @eixopolitico pic.twitter.com/DbK4ZiNvPK
— Dylan Gayer (@dylangayer_) September 21, 2025
Nos momentos de maior tensão, o jornalista Chico Pinheiro registrou em vídeo a ação da GCM. “Estão jogando os carros e motos para tentar causar tumulto e tirar o brilho dessa festa democrática que a esquerda está fazendo”, disse o comunicador, ao denunciar o movimento da corporação contra o público reunido na Paulista.